Linguagem corporal: Mãos atrás das costas

 Linguagem corporal: Mãos atrás das costas

Thomas Sullivan

Para interpretar o gesto de linguagem corporal "mãos atrás das costas", deve começar por analisar o seu contexto, uma vez que se trata de um daqueles gestos de linguagem corporal que pode ter significados diferentes consoante o contexto e os gestos que o acompanham.

Neste artigo, abordarei os possíveis significados deste gesto, fornecendo exemplos e gestos de acompanhamento para cada um deles.

Em primeiro lugar, note que as pessoas mais velhas e as pessoas com problemas de costas podem assumir este gesto apenas porque é confortável. Para outras, este gesto pode ser habitual e desprovido de qualquer significado.

Certifique-se de que eliminou estas possibilidades antes de continuar a interpretar este gesto.

Significado das mãos atrás das costas

1. domínio

Manter as mãos atrás das costas sinaliza domínio, autoridade, liderança e confiança. A pessoa que assume este gesto está a comunicar:

"Eu é que mando."

"Quem manda aqui sou eu".

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Manter as mãos atrás das costas expõe a parte da frente do corpo e os órgãos vitais. O gesto oposto de cruzar os braços à frente indica defesa.

Assim, as mãos atrás das costas indicam o oposto da defensividade, ou seja, sentir-se seguro.

Uma pessoa que assume este gesto é como:

"Não tenho tanto medo que expus os meus órgãos vitais. Desafio qualquer pessoa a atacar-me. Sei que ninguém se atreverá a fazê-lo."

Gestos de acompanhamento:

Os pés estão afastados e firmemente assentes no chão, a cabeça é levantada e os ombros são puxados para trás. O peito é empurrado para a frente para que a pessoa pareça tão grande e alta quanto possível.

No mundo animal, quanto maior for, mais dominante tende a ser.

Exemplos:

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Este gesto é comum em pessoas que ocupam as posições mais altas na hierarquia socioeconómica, como políticos, gestores e CEO's. É também comum em soldados, polícias, padres e professores.

Imaginem um professor a fazer uma ronda numa sala de exames com as mãos cruzadas atrás das costas, com a atitude de..:

"Sou eu que mando aqui e não vou permitir que ninguém faça batota."

2. desconforto

Quando as mãos estão bem apertadas atrás das costas, é um auto-conforto gesto - uma tentativa de se sentir seguro.

Porque é que alguém tentaria sentir-se seguro?

Claro, porque se estão a sentir inseguros.

Quando a mão, o pulso ou o braço são apertados firmemente atrás das costas, a pessoa subconscientemente dá a si própria um "auto-abraço", pois está numa situação em que precisa de um abraço para se sentir mais segura.

Este gesto é assumido por alguém quando está a passar por algum desconforto psicológico, como nervosismo, ansiedade, raiva ou frustração.

Gestos de acompanhamento

A pessoa que assume este gesto fica normalmente de pé, com os pés juntos, os ombros curvados e a cabeça baixa. Todos estes gestos de submissão fazem com que a pessoa pareça mais pequena.

Em alguns casos, pode desenvolver-se um arco nas costas da pessoa, dando-lhe um aspeto feminino.

Uma variação deste gesto consiste em manter uma mão atrás das costas com os dedos cruzados.

Exemplos:

Este gesto pode ser observado quando uma pessoa está a falar com a sua cara-metade pela primeira vez. Também pode ser observado quando alguém está a conter a sua frustração ou raiva.

Estão inconscientemente a tentar conter-se para não atacar a outra pessoa.

3. ocultação

Quando as pessoas falam abertamente, é frequente falarem com as mãos, mostrando as palmas das mãos e fazendo gestos.

Esconder as mãos atrás das costas pode, portanto, ser uma tentativa de esconder algo ou de ser reservado.

Talvez a pessoa não queira revelar algo ou esteja a mentir.

Gestos de acompanhamento

Procure outros gestos e expressões faciais de "esconderijo", como inclinar o corpo para longe de si, desviar o olhar e olhar para baixo. Se os pés estiverem a apontar para longe de si, a pessoa quer abandonar a interação.

Exemplos

Este gesto é normalmente assumido por pessoas em situações em que se querem esconder, mas não se podem esconder. Gostariam de fugir ao problema, mas não podem. Só podem esconder as mãos atrás das costas.

Pode estar a conversar normalmente com uma pessoa - a linguagem corporal dela vibra com a sua - mas, assim que fala de um assunto sensível, pode ver instantaneamente as mãos dela a correrem para trás das costas.

Provavelmente, querem evitar o assunto a todo o custo, pelo que é de esperar que não falem sobre ele, muito menos abertamente com as mãos.

Thomas Sullivan

Jeremy Cruz é um psicólogo experiente e autor dedicado a desvendar as complexidades da mente humana. Apaixonado por compreender as complexidades do comportamento humano, Jeremy esteve ativamente envolvido em pesquisa e prática por mais de uma década. Ele possui um Ph.D. em Psicologia por uma instituição renomada, onde se especializou em psicologia cognitiva e neuropsicologia.Por meio de sua extensa pesquisa, Jeremy desenvolveu uma visão profunda de vários fenômenos psicológicos, incluindo memória, percepção e processos de tomada de decisão. Sua experiência também se estende ao campo da psicopatologia, com foco no diagnóstico e tratamento de transtornos de saúde mental.A paixão de Jeremy por compartilhar conhecimento o levou a criar seu blog, Understanding the Human Mind. Ao selecionar uma vasta gama de recursos de psicologia, ele pretende fornecer aos leitores informações valiosas sobre as complexidades e nuances do comportamento humano. De artigos instigantes a dicas práticas, Jeremy oferece uma plataforma abrangente para quem busca aprimorar sua compreensão da mente humana.Além de seu blog, Jeremy também dedica seu tempo ao ensino de psicologia em uma importante universidade, alimentando as mentes de aspirantes a psicólogos e pesquisadores. Seu estilo de ensino envolvente e desejo autêntico de inspirar os outros fazem dele um professor altamente respeitado e procurado na área.As contribuições de Jeremy para o mundo da psicologia vão além da academia. Ele publicou vários artigos de pesquisa em revistas conceituadas, apresentando suas descobertas em conferências internacionais e contribuindo para o desenvolvimento da disciplina. Com sua forte dedicação ao avanço de nossa compreensão da mente humana, Jeremy Cruz continua a inspirar e educar leitores, aspirantes a psicólogos e colegas pesquisadores em sua jornada para desvendar as complexidades da mente.